03/12/08

diz que é uma espécie de biografia - o primeiro ano

uma vez que não criei este blog logo quando a Emma entrou nas nossas vidas e como é óbvio muitas coisas aconteceram desde então, ocorreu-me fazer uma espécie de retrospectiva.

a Emma foi "baptizada" na própria noite em que a conhecemos. nessa noite dormiu numa cama improvisada, bebeu água de um tupperware e comeu da ração que a dona da mãe dela tinha mandado (juntamente com um livro de instruções, que máximo!). era a última da ninhada, tirando uma mana que ia ficar com a senhora, e até havia lista de espera mas passámos à frente de todos os candidatos porque a nossa história era parecida q.b. com a da senhora. tal como a Emma foi o meu presente de aniversário nesse ano, também a mãe dela tinha sido oferecida à senhora pelo seu namorado.

no dia seguinte gastámos balúrdios a apetrechar a casa com tudo o que a nossa princesa poderia precisar. somos mesmo assim, compramos sempre tudo de uma vez.

até hoje, as únicas coisas que não sobrevieram desses tempos foram os brinquedos, pois a Emma poderia entrar no Guiness devido à rapidez com que os destrói. com o tempo, ficámos peritos em distinguir quais são os que vão durar mais tempo (bolas) e quais nem vale a pena comprar.

em Setembro, tinha a Emma 6 meses, foi connosco de férias para o Algarve. na primeira vez que a levámos à praia ela estava com medo de entrar na água, possivelmente por causa do barulho da rebentação das ondas (ela só tinha medo de barulhos fora de casa, nomeadamente do camião do lixo e do homem-aspirador). mas depois adorou. era um gosto vê-la nadar e ir buscar troncos (sim, já nessa altura um simples pau não chegava). e bastou-lhe vomitar e ter diarreia nessa primeira noite para perceber logo que não convinha beber a água do mar. aprende rápido hein?

depois quando tinha cerca de 8 meses foi esterilizada. destruiu dois funis durante o pós-operatório e foi uma enorme dificuldade impedi-la de saltar durante uma semana inteira para não rebentar os pontos. aproveitando a anestesia da operação, fez-se também um rx de despiste da displaxia da anca. infelizmente, deu positivo. levámo-la logo a um especialista, ele disse que ela não estava apta a ser operada e que tínhamos de esperar pelos primeiros sintomas para então agir. não serviu de muito o diagnóstico precoce... enfim, até agora, tirando o facto de andar com as patas traseiras todas "escarranchadas" ela parece não ter nada. que assim continue!

amoleci muito e comecei a deixá-la fazer mais disparates, porque pus-me a pensar que se calhar em breve ela já não os poderia fazer (saltar para o sofá, por exemplo). foi a pior fase, porque ela já tinha a força de uma cadela adulta mas ainda era uma autêntica criança, por isso estava sempre a desafiar-me. passei muitos serões a gritar com ela porque se atirava a mim e magoava-me a sério. às vezes não havia mesmo nada a fazer senão sair de onde ela estava e refugiar-me noutra divisão qualquer da casa, porque se medisse forças com ela perdia.

mais ou menos nessa altura inscrevemo-nos numa escola para a treinar. a ideia era impedi-la de me arrastar na rua e de saltar para cima de toda a gente que entra lá em casa. não fomos nem sequer um mês... aquela escola acabou por revelar-se uma m*rdice pegada e fiquei muito chateada porque costumo considerar-me uma boa juíza de carácter.

no início de 2007 encontrámos uma solução melhor: um treinador da GNR entretanto reformado que ia a nossa casa aos fins-de-semana de manhã para a passear. ele ensinava-lhe os comandos. ela aprendia tudo porque de parva não tem nada. hoje em dia ela só não faz o que não quer quando não lhe apetece...

1 comentário:

Inca disse...

elas são mesmo assim a Naomi também deu cabo da paciência dos donos nessa altura.tem tento de meigas como de estabanadas.lol