31/12/09

Feliz Ano Novo


Espero que hoje todos terminemos o ano em boa companhia e com um balanço positivo. E espero sobretudo (porque os olhos estão sempre postos no futuro) que o próximo ano seja ainda melhor.

Torço para que o SOS Animal consiga finalmente abrir a clínica veterinária para poder ajudar ainda mais animais. Torço para que a minha família tenha saúde. Torço para que nunca nos falte nada e que ainda sobre algo para dar aos outros. E torço por outras coisas também, mas não me vou esticar muito pois ainda agora o Pai Natal me trouxe tantos presentes, não quero abusar...

30/12/09

1080

É o número de vezes que os nossos cães passearam ao longo de 2009. Mas isto é pura teoria, visto que fizemos as contas a 3 passeios diários, quando na realidade são mais (a Emma ao fim-de-semana chega a ir 5 ou 6 vezes por dia).

Dito assim, é uma estatística que impressiona, não é?

29/12/09

Pelo Baruk...

...e por todos os outros cães que são envenenados no seu próprio quintal, tenho vontade de gritar para toda a gente ouvir:

OS ANIMAIS NÃO MERECEM A MALDADE DOS "HUMANOS"!

Ai que raiva! Não percebo! Como é que é possível fazer isto? Porquê? Estas pessoas são más, só podem ser mesmo más, más, más. Estas pessoas é que não merecem viver, não são os pobres dos animais e das famílias que tudo fazem para os salvar.

O Diogo, um rapaz de 13 ou 14 anos, que cresceu com o Baruk, passou uma hora agarrado ao cadáver do seu cão, um Grand Danois todo ele meiguice e patetice, pois apesar das cirurgias não foi possível salvá-lo. E como eu o compreendo. E até acho que uma hora é pouco... Já deve ser difícil o suficiente perder um animal para a doença ou para a velhice, mas pelo menos saber que viveu uma vida feliz até ao fim. Agora, por envenenamento??? Porque um vizinho estúpido atirou comida com veneno para dentro de uma espaço onde supostamente a nossa família está segura???

É que não percebo mesmo...

23/12/09

Enough is enough

Eu poderia pôr as culpas no tempo cinzento ou na recente gripe ou no corre-corre do Natal. Mas acho que por esta altura tenho de admitir que a minha ausência não é só por preguiça, mas por uma grande tristeza. O pior é saber que se está triste e não saber como deixar de estar.

Claro que, mesmo nos dias tristes, os meus cães trolarós são sempre motivo de alegria. Lá vão fazendo das suas e em breve terei mais fotos e peripécias para vos contar ("em breve" significa quando eu sair desta depré e voltar a ser eu própria).

Não ajuda o facto de continuar a receber dezenas de apelos por dia, incluindo alguns ainda mais chocantes do que outros (Mais alguém recebeu aquele sobre o cão que sofreu abusos sexuais? Mas que raio de gente é esta??? Mas e não lhes acontece nada? Que tal serem esfaqueados num certo sítio? Oh raios, às vezes só me apetece emigrar!)

Mas estou a fazer um esforço por me animar, mesmo assim. Por isso, acreditem ou não, este post é suposto ser um post alegre de boas festas. Ao que eu cheguei. Mas pronto... BOAS FESTAS! (Soa um bocado vazio de significado depois do parágrafo anterior, não é? Pois, é assim que me sinto, desculpem lá fazer-vos sentir da mesma maneira.)

22/12/09

Vale a pena pensar nisto...

«Olá, chamo-me Severn Suzuki e represento a ECO (Environmental Children’s Organization). Somos um grupo de crianças canadianas de 12 e 13 anos - Vanessa Suttie, Morgan Geisler, Michelle Quigg e eu -, tentando concretizar um objetivo: mudança. Reunimos nós mesmos o dinheiro para viajar oito mil quilómetros até aqui para vos dizer a vocês, adultos, que devem mudar a vossa maneira de agir. Ao vir aqui hoje, não tenho segundas intenções. Luto pelo meu futuro.
Perder o meu futuro não é como perder umas eleições ou uns pontos na bolsa de valores. Estou aqui para falar em nome de todas as gerações futuras. Estou aqui para falar em defesa das crianças com fome em todo o mundo, cujos apelos continuam sem ser ouvidos. Estou aqui para falar pelos incontáveis animais que morrem neste planeta porque não lhes resta nenhum lugar para onde ir. Não podemos suportar não ser ouvidos.
Tenho medo de apanhar sol devido aos buracos na camada de ozono.
Tenho medo de respirar o ar porque não sei que substâncias químicas o contaminam. Costumava ir pescar em Vancouver, a minha terra natal, com o meu pai, até que há uns anos encontrámos um peixe com cancro. E agora ouvimos que os animais e as plantas se extinguem todos os dias, e desaparecem para sempre.
Durante toda a minha vida sonhei em ver as grandes manadas de animais selvagens e as selvas e florestas repletas de pássaros e borboletas, mas agora pergunto-me se existirão sequer para que os meus filhos os vejam.
Tiveram de se interrogar sobre estas coisas quando tinham a minha idade?
Tudo isto acontece diante dos nossos olhos e continuamos a agir como se tivéssemos todo o tempo do mundo e todas as soluções. Sou só uma criança e não tenho soluções, mas quero que saibam que vocês também não as têm.
Não sabem como reparar os buracos na nossa camada de ozono. Não sabem como devolver os salmões a águas não contaminadas. Não sabem como ressuscitar um animal extinto. E não podem recuperar as florestas que antes cresciam onde agora há desertos.
Se não sabem como recuperar, por favor, deixem de destruir.
Aqui vocês são certamente delegados de governos, homens de negócios, negociadores, jornalistas ou políticos, mas na verdade são mães e pais, irmãs e irmãos, tias e tios, e todos vós são filhos.
Sou apenas uma criança, mas sei que todos fazemos parte de uma família composta por cinco mil milhões de membros, trinta milhões de espécies, e todos partilhamos o mesmo ar, água e terra. As fronteiras e os governos nunca mudarão isso.
Sou apenas uma criança, mas sei que estamos todos juntos nisto, e devemos agir como um único mundo em direção a um único objetivo.
Estou zangada, mas não estou cega; tenho medo, mas não temo dizer ao mundo como me sinto.
No meu país geramos tanto desperdício... compramos e deitamos fora, compramos e deitamos fora, e ainda assim os países do Norte não partilham com os necessitados. Até tendo mais que o suficiente, temos medo de perder as nossas riquezas se as partilharmos.
No Canadá vivemos uma vida privilegiada, com bastante comida, água e abrigo. Temos relógios, bicicletas, computadores e televisores.
Há dois dias, aqui no Brasil, ficámos chocados quando passámos algum tempo com algumas crianças que vivem na rua. E uma delas disse-nos: “Gostaria de ser rica e, se fosse, daria a todas as crianças da rua comida, roupa, medicamentos, um lar, amor e carinho”.
Se uma criança da rua que não tem nada está disposta a partilhar, porque é que nós, que temos tudo, somos tão gananciosos?
Não posso deixar de pensar que essas crianças têm a minha idade, que o lugar onde nascemos faz uma enorme diferença. Eu poderia ser uma dessas crianças que vivem nas favelas do Rio, poderia ser uma criança a morrer de fome na Somália, uma criança vítima da guerra no Médio Oriente ou uma mendiga na Índia.
Ainda sou apenas uma criança, mas sei que, se todo o dinheiro gasto em guerras fosse utilizado para acabar com a pobreza e para procurar soluções para os problemas ambientais, a Terra seria um lugar maravilhoso.
Na escola, desde o jardim-de-infância, vocês ensinam-nos a comportar-nos no mundo. Ensinam-nos a não brigar uns com os outros, a resolver as coisas,
a respeitar-nos, a corrigir as nossas ações, a não ferir a outras criaturas, a partilhar e a não sermos gananciosos.
Então, porque é que fora de casa fazem aquilo que nos ensinam a não fazer?
Não se esqueçam porque é que estão presentes nestas conferências: fazem-no porque nós somos vossos filhos. Estão a decidir em que tipo de mundo nós vamos crescer. Os pais deviam poder confortar os seus filhos, dizendo: “vai tudo correr bem”, “isto não é o fim do mundo” e “estamos a fazer o melhor que podemos”.
Mas acho que já não podem dizer-nos isso. Estaremos sequer na vossa lista de prioridades? O meu pai diz sempre: “És o que fazes, não o que dizes”.
Bem, o que vocês fazem leva-me a chorar à noite. Vocês, adultos, dizem que nos amam. Mas desafio-vos: por favor, façam com que as vossas ações reflitam as vossas palavras.
Obrigada.»

(Discurso proferido por uma criança de 12 anos na famosa cimeira da ONU no Rio de Janeiro, em 1992. Mas poderia ter sido eu hoje...)

17/12/09

Time out

Tinha tanto orgulho em manter o blog actualizado diariamente e agora nem o orgulho me faz vencer o desânimo. Já estou melhor, claro que um mal nunca vem só e entretanto tive de sofrer (a palavra aqui é mesmo "sofrer") com dores de dentes, neste caso, de um dente do siso. Mas continuo sem paciência, não cozinho, não arrumo a casa, não combino nada com ninguém, não nada. E parece que para todo o lado para onde me viro na Internet é só histórias tristes de animais a sofrer e depois penso no frio que está e penso nos animais que queria ajudar e não posso e pronto. Recomeça o desânimo...

Deve ser uma depressão natalícia. Não haveria de ser a primeira!

A boa notícia é que vou ter férias depois do Natal até à passagem de ano por isso nessa altura vou pôr a minha vida em ordem. Tenho arrumações para fazer cá por casa, e isso deixa-me sempre com as ideias também arrumadas, e vou actualizar o blog, e vou passar fotos da máquina para o pc, e vou fazer mooontes de coisas. Incluindo a newsletter do SOS Animal *cof cof* e outras coisas sérias.

Mas antes ainda aqui virei desejar boas festas a toda a gente. Ando tristinha, mas não a dormir. Eu SEI que o Natal é já daqui a uma semana. Eu só não SINTO muita vontade que ele chegue.

10/12/09

Update

Temos andado desaparecidos e eu sei que isto de visitarmos os blogs uns dos outros não é só por ter piada (claro que quando actualizamos diariamente tem mais piada) mas também para sabermos como têm passado os nossos amigos. Os amigos que nos conhecem na vida real e que vão sabendo de nós através do blog e os amigos que fomos ganhando através do blog.

O blog é meu e escrevo quando quero sobre o que quero, por isso não tenho de me justificar e muito menos desculpar por ultimamente não cá vir tantas vezes como dantes. Há várias coisas na minha vida a ocupar o meu tempo e atenção, algumas das quais até têm estado em atraso também (nomeadamente a newsletter do SOS Animal, não pensei que não sei), por isso não é de admirar que o blog seja uma das primeiras coisas a passar para segundo plano.

Durante esta ausência não aconteceu nada de especial:
- o blog fez um ano
- trabalhei no fim-de-semana do feriado
- estou em casa com gripe (não a A)
- os monstrengos estão óptimos e o Dono também
- ainda não temos o orçamento das obras por isso nada de soalho flutuante por enquanto

Voltarei quando tiver alguma coisa interessante para partilhar. Até lá, vou estar na cama rodeada de lenços e chávenas de chá.


Não tenho paciência para muito

03/12/09

ALARM!!!

A minha mãe disse-me, com um ar resignado, que estava a pensar deixar o meu pai ter um animal, como prenda de Natal. Ela disse "deixar ter" e "animal", em vez de "fazer uma surpresa ao teu pai e adoptar um cão". E disse também que o dito "animal" teria de passar primeiro por ela para ser aprovado. Tipo, teste de admissão à faculdade. Todos os meus alarmes de ameaça nuclear dispararam, obviamente.

Tentei incutir-lhe algum bom senso, e a conversa foi algo do género:
- Então e se o cão roer alguma coisa lá em casa?
- Ai, não pode.
- Como "não pode", mãe? Não só pode fazer, como vai fazer. Mais cedo ou mais tarde vai estragar alguma coisa.
- Não, se já for adulto não estraga nada. Não é?
- Não, não é. Estraga menos do que um cachorro, claro, mas estraga, suja, larga pêlo, arranha, corre, faz essas coisas todas. É o mesmo que dizer a uma criança para não chorar nem sujar uma fralda?
- Oh! Que raio que comparação! Pronto, está bem.

Aparentemente ela desistiu da ideia. Falei-lhe da responsabilidade, da prisão, das despesas, de tudo. Ela não deu luta nenhuma, porque não precisa de ser convencida, pois na realidade ela não quer ter um cão nem um gato nem nenhum animal. Aliás, ela admitiu que a única cadela de quem gosta é a do meu irmão. Oh que surpresa, a minha mãe nem nisso esconde a preferência... A desculpa dela é o ladrar, diz que não gosta de alguns cães porque o ladrar é muito estridente. A verade é que ela não gosta de animais, não percebe a cena. Para ela só dão os de peluche ou de loiça (a minha mãe é daquelas que fica com um risinho nervoso e uns "ais" mal um focinho molhado lhe roça as pernas).

Claro que eu fico com pena pelo meu pai, que cresceu no campo, e adora cães, e sente-se sozinho (ele está reformado mas a minha mãe ainda não) e etc etc etc. Mas não posso, em consciência, incentivar a ideia de eles adoptarem um cão, porque acho realmente que é preciso toda a família estar de acordo e estar disposta a tudo o que isso implica. E ninguém me tira da cabeça que ela só me veio com esta conversa, sabendo como eu iria reagir, para depois um dia poder dizer ao meu pai que é apenas por minha culpa que eles não têm um cão.

E claro que também tenho a noção de que há muitos cães a precisar e que ao fechar os olhos e entregar um aos meus pais uma vida seria salva.

Mas... é a minha mãe e eu sei a mãe que tenho.

Estou triste, mas tenho a consciência tranquila.

02/12/09

Mais um mês, mais uma associação


Este mês, a Porta 16 vai ajudar o Grupo de Voluntários do Canil/Gatil Municipal do Seixal. Se comprarem alguns dos vossos presentes de Natal nesta loja vão estar a ajudar os animais. Boa?

Contactos:
966420094 (exclusivo para adopção/entrega de donativos)
Avenida da República, N.º 175, Arrentela-Seixal
(autocarro 114 da TST )

01/12/09

E assim nasce uma estrela...

A Emma já se porta muito melhor quando temos visitas. Não resiste a saltar para cima e pedir festas, mas acalma-se passado algum tempo. Seja como for, tem um ar tão tosco que as pessoas acabam por não lhe resistir... Esta minha cadela é um charme!