31/01/13

"obvialidades"

Já tive vários empregos mas diria que este é o meu preferido de sempre. Também gostei muito do primeiro, mas pesando os prós e os contras de um e de outro, este ganha. Não é o emprego perfeito, mas sou feliz. E numa altura destas, só o ter emprego já é bem bom.
Uma das coisas que mais gosto no meu emprego são as minhas duas colegas. Não foi preciso muito tempo para que nos entrosássemos todas: são boas pessoas, leais, honestas, amigas, enfim, é esse tipo de ambiente.
Hoje a seguir a almoçarmos juntas "a la brigada tupperware" fomos apanhar um pouco de sol à rua, feitas lagartixas. Quando o parquímetro junto ao nosso banco de jardim no largo da igreja ao fundo da rua marcou as 14h iniciámos o caminho de regresso. Vínhamos na conversa, ainda passou por nós um senhor que costumamos ver a passear o seu cão (claro que eu é que reparo mais nisso) e depois, mesmo quando ia a entrar no prédio, eis que vejo um outro cão, que nunca tinha visto. Não tinha coleira, mas não parecia mesmo nada de rua (a sério meus senhores, ponham uma coleira aos vossos cães que passeiam sozinhos que é para eu não ficar sempre de coração na boca a troco de nada, vá lá). Fiz ali um compasso de espera para observar o comportamento do cão, para ver se a ele se seguiria o seu dono. Quando olhei outra vez já as minhas colegas tinham entrado e subido e provavelmente até já sentado o real traseiro nas suas cadeiras.
Escusado será dizer que quando eventualmente me juntei a elas, sabiam perfeitamente que eu tinha ficado para trás por causa do cão. Quem é que me conhece bem, quem é?

29/01/13

Ai as calinadas no português

.Momento cliché: o tempo voa, parece que foi ontem, já está tão crescida, é tal e qual a mãe...

Momento mãe babada: a Danoninha já diz imensas palavras, incluindo algumas mais compridas e complicadas como "cadeira"; "coração", "queijo", "música", "fralda", e até uma tentativa (sendo que tentativa é a palavra-chave aqui) de dizer "cambalhota". Resumindo, explica-se muito bem e é cada vez mais fácil de comunicar com ela.

Momento humorístico: para chamar o Sushi diz "shishi", para chamar a educadora diz "caca" (em vez de "Cuca").

26/01/13

Psst! Querem saber um segredo?

Outra coisa que sou, para além de faladora, é alérgica à mudança. Pareço uma velhota de 80 anos, bem sei, mas tenho muita dificuldade em abraçar a mudança e em me adaptar de imediato.
Isto leva-me a uma confissão: não é só a falta de tempo que me tem levado a escrever aqui bem menos vezes, é também o facto de o blogger ter mudado bastante e eu ainda não ter conseguido gostar disso. Mas vou tentar ser mais assídua. E vou tentar gostar mais das mudanças. Porque mudar é bom (e agora já pareço o slogan de um partido político em plena campanha eleitoral hehehe).

25/01/13

Juggling

Eu falo muito. Sou uma pessoa faladora, pronto. E poder-se-ia dizer que até bastante sobre a minha vida com as pessoas do meu dia-a-dia. As minhas colegas sabem o último stress que tive com a sogra, os meus pais sabem a última gracinha que a neta fez, a educadora dela na creche sabe os nossos planos para o fim de semana, os leitores deste blog (que tem estado tão ao abandono que já só devem restar meia dúzia) sabem os últimos disparates dos monstrengos - correção: da Emma, que o Sushi é um santo.
Mas não me agrada muito a ideia de que todas as pessoas da carruagem do comboio que apanho nos meus trajetos casa-emprego-casa saibam todas estas coisas, por isso evito falar ao telemóvel durante essas viagens.
Ora hoje calhou que a minha mãe me ligou. Tinha apanhado o comboio anterior ao meu, queria saber se esperava por mim na estação para me dar boleia para casa (visto que à 6ª feira os meus pais passam o final de tarde em minha casa com a Danoninha). Como não estava a chover disse que não era necessário, que mais valia irem andando para minha casa, para ficarem com a miúda e o Dono poder passear os cães o mais cedo possível, coitados. E depois tive de ligar ao maridão, a avisá-lo de que os meus pais iam a caminho, porque já estava a ficar tarde para os cães e assim ganhava-se tempo.
E foi assim que toda a gente à minha volta ficou a saber que uma das minhas maiores preocupações na correria diária é este malabarismo de haver sempre alguém que está em casa com a minha filha à hora do passeio dos meus filhos de 4 patas. Quando ela for mais velha, quando estiver bom tempo, quando os horários dela o permitirem, quando quando quando, tudo será mais simples. Mas por enquanto a rotina cá em casa é quase uma escala de aeroporto...