31/01/11

Querido, mudei a casa!


Foi um fim de semana dedicado à decoração. O Dono e os quatro avós da Danoninha estiveram a mudar as mobílias dela para os seus sítios definitivos, a pendurar os cortinados, a montar o carrinho e a cadeira de papa e o cadeirão para amamentação... Enfim, um rebuliço! E a dada altura, quando o dito cadeirão já estava montado, eu levantei-me da cama e juntei-me à festa, numa de dar instruções, claro, visto que era a única contribuição que podia fazer. Custou um bocado, confesso, porque passei o tempo todo a desejar ter condições para ser eu a fazer tudo aquilo, mas a minha função é incubar LOL e depende de mim garantir que em breve aquele quarto vai de facto ser ocupado por uma bebé saudável e feliz, portanto na realidade eu tenho o cargo mais importante.
A melhor parte do fim de semana foi terminar os últimos retoques já só eu e o Dono e perdemos a conta às vezes que dissemos: "Ficou tão giro!".
Mas a parte mais cómica foi outra, para variar protagonizada pelos monstrengos: enquanto eu e o Dono estivemos no quartinho eles fizeram-nos companhia (o Sushi usou as minhas pantufas como almofada e a Emma exigiu festas) e apesar de terem cheirado as novas adições não se mostraram particularmente interessados e depressa decidiram que nas caminhas deles é que se estava bem. Mesmo assim, a minha mãe andou a recolher bocados dos plásticos que iam sobrando, dizia ela que era para forrar os pés dos móveis e evitar que os cães os roessem. Que ingénua que a minha mãe é! Tive de explicar-lhe que os cães agora já não roem nada, isso foi há uns anos atrás, e que se por acaso lhes desse na veneta roerem alguma coisa não seriam aqueles plásticos que iriam impedi-los. De cada vez que me lembro que a Emma roeu o funil e depois comeu as ligaduras e o algodão quando foi esterilizada... Não há mesmo plástico no mundo que constituisse um desafio à altura! hehehehe

29/01/11

Essa doeu!

O Dono cortou-se numa mão com a trela do Sushi.
Erro de principiante, diriam vocês, se não soubessem já que, a uma média de mil passeios por ano, não é mesmo nada o caso.
Acontece que a trela extensível dos nossos monstrengos parece uma fita de estore e mede 8 metros. O Sushi estava no máximo desta extensão quando apareceu um outro cão (segundo as palavras do Dono: "no nosso território") e o Sushi passou pelo Dono a correr para ir fazer sabe-se lá o quê ao invasor. Como a trela não estava a encolher com rapidez suficiente, o instinto foi... deitar-lhe a mão. Auch, deve ter doído mesmo! E no entanto pelos vistos o nosso cão não fica assim tão cego surdo e mudo quando vê outro, porque o Dono acabou por lhe dar um berro e o Sushi obedeceu. Se calhar o probrezito tem mais fama que proveito e devíamos dar-lhe mais vezes o benefício da dúvida. Ou não. Não tencionamos propriamente dedicar-nos ao negócio dos hamburgueres...

27/01/11

Farta, fartinha, FARTÍSSIMA

Das discussões com a família por causa dos cães.
Quando é que as pessoas vão perceber de uma vez por todas que a Emma e o Sushi fazem parte da NOSSA família, que cá em casa agora somos 5, que só porque vem uma bebé a caminho é impensável livrarmo-nos deles? Quando?
Se a preocupação é com a segurança da bebé, eu sou a pessoa que mais se preocupa com isso - estou numa cama há cinco meses para garantir que ela nasça, hello? não é porque me apetece. Portanto, preocuparem-se por nós é passarem-nos um atestado de incompetência como pais antes mesmo de o sermos. Eu e o Dono estamos cá para garantir que não vai haver problemas.
É a nossa casa, a nossa família, a nossa filha, os nossos cães, as nossas regras, a nossa responsabilidade, a nossa vida. NINGUÉM TEM NADA A VER COM ISSO!

21/01/11

Sapateado

Desde que pusemos soalho flutuante, as unhacas dos cães fazem muito mais barulho. Se eles estiverem no hall, ouve-se nas escadas do prédio através da nossa porta da rua. Mas posso desde já atestar que valeu a pena comprar um soalho mais caro e mais grosso, porque eles prticamente participam nas olímpiadas (ele é corrida em obstáculos, ele é luta livre, ele é mratonas de uma ponta à outra da casa, ele é salto em altura, ele é galope e trote, enfim...) e nem um risco.
Voltando ao assunto que me leva a escrever este post.
Agora que os pontapés da Danoninha se fazem sentir (e ver!) do lado de fora, dou por mim a pensar que tenho direito a 3 mestres de sapateado cá em casa, muitas vezes ao mesmo tempo. Ela porque se espreguiça, eles porque de facto parece mesmo que andam a fazer sapateado pela csa fora. E até há quem tenha posto a alcunha de "bailarina" à Emma (a minha vizinha). Ora, será que algum dia a Danoninha irá, literalmente, seguir estes passos e ser a bailarina que eu sempre quis ser? hehehe

19/01/11

Choro

Estou prestes a tecer novamente considerações e comparações entre animais e bebés que podem chocar os mais sensíveis, portanto se é o caso recomendo que parem de ler agora. Depois não digam que não avisei.

No sábado à noite não conseguia adormecer porque a Emma não parava de chorar do outro lado da porta do quarto. Tive de ligar para o Dono, que estava a trabalhar na garagem, para que ele viesse para cima e a levasse à rua para ver se ela se calava (a outra solução seria abrir a porta do quarto e deixá-la subir para a nossa cama, mas o Dono escolheu a porta nº1).
No domingo acordei com a Emma a chorar à nossa porta. Agora era porque queria comer. Lá teve o Dono que se levantar para satisfazer as necessidades alimentícias da menina.
Nesse mesmo dia mas umas horas mais tarde a Emma andava outra vez aqui pela casa num desassossego que só visto e dessa vez eu já não tinha ideias do que poderia estar na origem daquela choraminguice toda. E dei por mim a pensar: bolas, isto é como os bebés! Estão sempre a chorar e ou é fome ou é fralda suja/ir à rua ou é manha. A diferença é que não vai ser o Dono a ir fazer o necessário para calar a miúda, mas sim eu...

18/01/11

Prova do crime


Sabem como se apanha uma pessoa doente/acamada em flagrante?
Reparem na fotografia. Está desfocada, bem sei, mas mesmo assim dá pra ver todos os indícios: a almofada de cunha, a garrafa de água, os telefones na mesa de cabeceira, o pacote de lenços, os cremes e medicamentos... e os guarda-costas. Não são tão fofos os meus cães?

Frase do dia

O Dono, com voz de "tia":
- Ó Emma, faça-me lá o favor de sair daqui, vá. Muito bem, você é uma querida.

12/01/11

Excepcionalmente...

Não acontece muitas vezes, mas ele também tem direito. O Dono esteve doente. Eu também estive, mas felizmente não cheguei a ter febre como ele. E para que tal não chegasse a acontecer o Dono teve de ir de quarentena para casa dos pais.
O que levantou um problema: quem trata dos cães?
Normalmente se ele não pode posso eu, mas eu agora não posso mesmo. Aliás, posso dizer-vos que só de lhes dar comida (o que implicou sair da cama, encher as taças e pousá-las no chão) fiquei pior das minhas dores de barriga, sinal de que não posso mesmo abusar e tenho de ficar o mais possível quietinha na cama.
Como os meus sogros moram mesmo aqui perto, o que acabou por acontecer foi que quando acabavam o passeio do cão deles, a minha sogra e a minha cunhada vinham passear os nossos. Primeiro a Emma, depois o Sushi, porque os dois juntos é obra. E mesmo assim iam sempre as duas juntas porque tinham receio de só uma não dar conta do recado.
Ora, não quero parecer mal agradecida, porque de facto estou-lhes mesmo muito agradecida por terem feito o jeitinho de levarem os cães à rua, mas quando era eu quem os passeava não fazia tanto drama com a coisa. Tudo com aquelas duas é um filme: pôr o peitoral é um filme, o peso da trela é outro filme, os cães fazerem ou não o nº2 e quantas vezes em cada passeio também é um filme, e por aí em diante. O que eu me ri! Já para não falar que nesses dias os cães tiveram direito a menos um passeio, mas também não quis abusar da boa vontade alheia, né?
Enfim, tudo se resolveu, não veio daí mal ao mundo e agora o Dono está de volta. Mas foi das coisas que mais me custou desde que estou nesta cama: não poder cuidar deles. Cheguei à conclusão que lido melhor com o facto de EU estar dependente dos outros para me trazerem a comida à cama ou lavarem a roupa, do que precisar que outras pessoas façam aquilo que, como Dona, é da minha exclusiva obrigação, na ausência do Dono. Até porque acho sempre que nunca aninguém vai cuidar tão bem deles como nós. Serei eu uma "Dona galinha" por pensar assim?

07/01/11

Brincadeiras entre espécies

Vi este vídeo no programa da Ellen DeGeneres (não tenho mesmo nada para fazer, é verdade) e a história que ela contou foi que este veado não tinha mãe e foi criado por um casal até poder ir para a floresta, mas desde então volta sempre para brincar com o cão do casal. Se é verdade ou não, não sei, mas o vídeo é irresistível!

06/01/11

De comer e chorar por mais

O Sushi voltou agora do vet, não precisou de levar mais nenhuma injecção porque conseguiu segurar a pouca água que bebeu durante o dia de hoje e aparentemente o tal osso sairá sozinho, se é que não saiu com a diarreia que ele teve ontem às 3 da madrugada. E já teve ordem para comer, ainda por cima uma comida toda PTO, umas latinhas de comida húmida para animais em convalescença. O Dono diz que cheiram tão bem que até dá vontade de nós comermos também, eu cá como estou muito sensível aos cheiros acho melhor não tirar a prova dos 9 e manter-me longe do suposto pitéu.
Apesar de ter passado o dia super murcho - não ir à porta cumprimentar quem chega, não ir à janela refilar com os cães que passam, esse género de coisas - agora está mais animado e até ver parece que a comida vai lá ficar toda dentro. O pior já passou, portanto.
Uma coisa a reter no meio deste susto todo: a Emma não o chateou, não o desafiou para brincar, e até passeou devagarinho na rua para acompanhar o ritmo alentejano do mano doentinho. E ainda dizem que os animais não percebem as coisas? Deixem-me rir.

Follow up

Um raio-x, uma injecção e 137 euros depois... o Sushi está comigo em casa, a dormir, sem poder comer nem beber e não voltou a vomitar. Ainda não havia sinais de desidratação, portanto não foi preciso pô-lo a soro e o raio-x acusou de facto um corpo estranho (um osso pontiagudo - mega uiii!) mas que aparentemente o corpo conseguirá expulsar de forma natural, if you know what i mean. Hoje o Dono vai levá-lo novamente ao hospital para lhe darem um antibiótico que curará qualquer rasgão que possa ter resultado da passagem desse osso pelo aparelho digestivo. A injecção de ontem á noite (ou hoje de madrugada, conforme o ponto de vista) serviu para acalmar o estômago e como não nos deixam dar-lhe água nem comida é óbvio que ele não tem nada para vomitar portanto não vomita. De manhã pudemos dar-lhe duas colheres de sopa de água, agora também, só à tarde depois da consulta de follow-up é que saberemos se pode voltar a comer e a beber normalmente. Tadinho do meu cão...
Ontem quando o Dono voltou para casa, visivelmente aliviado - ele que tão raramente mostra sinais de preocupação - eu só lhe dizia: gosto tanto do nosso cão, gosto tanto do nosso cão.

Um daqueles recordes que não interessa nada quebrar

O Sushi vomitou 10 vezes hoje.
À hora de almoço tinha vomitado tudo o que comeu de manhã. Como mais uma vez aqui a gravidona acamada que não passa de uma inútil não pode fazer nada e estando o Dono no trabalho, lá veio a brigada de limpeza (a minha sogra) tratar do assunto. Não é a primeira vez que ele vomita por causa das ervas que tem a mania de comer quando vai à rua, por isso a coisa ficou por aí.
Mas hoje excepcionalmente saí de casa. Fomos a uma aula do curso de preparação para o parto. Iupii-kay-yei a primeira vez que saí de casa este ano. Sò que quando voltámos, o Sushi tinha vomitado outra vez. E antes que o Dono tivesse acabado de limpar tudo, lá estava ele outra vez... e outra vez... e outra vez... Vimo-lo tão murchinho (e quem não estaria depois de esvaziar o estômago?) e pensámos que era por se sentir culpado e com medo que refilássemos com ele, ele tem um pânico enorme se lhe falamos de forma mais ríspida, até impressiona ver um cão do tamanho dele todo encolhido e submisso. Mas até nem era o caso, nós estávamos a dar-lhe mimo para o arribar um bocado. Mas nada. E quando vimos que nem a água ele conseguia segurar no estômago... foi altura de o levar para o hospital.
Passa agora um pouco das 2 da manhã e eu estou em casa com a Emma, de coração nas mãos, à espera que o Dono me ligue e me diga que ele está apenas desidratado e precisa de soro. Porque se ele me liga a dar notícias más acho que me tenho um ataque cardíaco e isso não vinha nada a calhar visto que sou uma incubadora ambulante (não tão ambulante assim porque estou na cama há 4 meses). Podem até achar um exagero eu estar tão preocupada "só" por causa de uns "meros" vómitos, mas a culpa deve ser das hormonas, sei lá. Ou da intuição ou algo assim.
Cá em casa não se reza mas se o fizéssemos hoje era certinho. É que este nosso cão é mesmo mesmo mesmo muito importante para nós e já passou por tanto e é um cão tão bom e tudo e tudo. Opá, ele não pode adoecer, vai ter de viver para sempre, não me interessa o que as leis da natureza dizem.