25/01/13

Juggling

Eu falo muito. Sou uma pessoa faladora, pronto. E poder-se-ia dizer que até bastante sobre a minha vida com as pessoas do meu dia-a-dia. As minhas colegas sabem o último stress que tive com a sogra, os meus pais sabem a última gracinha que a neta fez, a educadora dela na creche sabe os nossos planos para o fim de semana, os leitores deste blog (que tem estado tão ao abandono que já só devem restar meia dúzia) sabem os últimos disparates dos monstrengos - correção: da Emma, que o Sushi é um santo.
Mas não me agrada muito a ideia de que todas as pessoas da carruagem do comboio que apanho nos meus trajetos casa-emprego-casa saibam todas estas coisas, por isso evito falar ao telemóvel durante essas viagens.
Ora hoje calhou que a minha mãe me ligou. Tinha apanhado o comboio anterior ao meu, queria saber se esperava por mim na estação para me dar boleia para casa (visto que à 6ª feira os meus pais passam o final de tarde em minha casa com a Danoninha). Como não estava a chover disse que não era necessário, que mais valia irem andando para minha casa, para ficarem com a miúda e o Dono poder passear os cães o mais cedo possível, coitados. E depois tive de ligar ao maridão, a avisá-lo de que os meus pais iam a caminho, porque já estava a ficar tarde para os cães e assim ganhava-se tempo.
E foi assim que toda a gente à minha volta ficou a saber que uma das minhas maiores preocupações na correria diária é este malabarismo de haver sempre alguém que está em casa com a minha filha à hora do passeio dos meus filhos de 4 patas. Quando ela for mais velha, quando estiver bom tempo, quando os horários dela o permitirem, quando quando quando, tudo será mais simples. Mas por enquanto a rotina cá em casa é quase uma escala de aeroporto...








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