Chegar a casa e ter como uma comitiva de boas-vindas dois monstros histéricos de felicidade por me ver, por muito curta que tenha sido a ausência.
Andarem sempre atrás de mim pela casa. Onde quer que vá, tenho sempre duas sombras.
Ter espectadores (ou pelo menos um, o Sushi) enquanto faço o jantar. Mesmo que seja para aspirar o que eu deixar cair ao chão ou para cheirar/lamber as minhas mãos antes de as lavar entre cada tarefa.
Receber beijinhos de qualquer um dos meus meninos (a diferença é que, se for o Sushi, é um banho autêntico).
O sorriso - sim, o sorriso - que eles trazem estampado na cara, ou melhor, nos focinhos, quando chegam do passeio. Saber que os meus cães são felizes é tudo para mim!
O suspiro de felicidade quando a Emma se enrosca perto de mim.
O ar do Sushi quando me pedincha festas. A sério que, tratando-se de um cão daquele tamanho, é mesmo digno de ser ver. Chega com aquela cabeçorra enorme dele e pousa-a no meu colo, como quem diz "Aqui me tens", ou então roça-se contra as minhas pernas como se fosse um gato. E o ar deliciado que faz quando as recebe então... isso é que não tem mesmo preço. Deita-se no chão de barriga para cima e vai pedinchando mais com a pata e dá mordidelas meiguinhas. Ai ai... é mesmo fofo!
A energia incansável da Emma para brincar. Muitas vezes quando vem cumprimentar-nos de manhã já traz a bola na boca para a atirarmos. E faz a festa toda! Larga a bola, espera pelo ressalto, atira-se para cima dela, corre com a bola na boca pela casa fora a resfolegar como um cavalo, vem trazer-nos para a atirarmos outra vez, não a larga para medirmos forças, depois espera que atiremos a bola, e recomeça tudo outra vez... Noutra encarnação, a minha cadela foi um coelhinho duracell...
A devoção com que o Sushi me olha, deitado na mantinha dele, que ao serão está sempre na sala ao pé da televisão. Às vezes ele fica ali simplesmente a olhar para mim com os olhos mais ternos do mundo, sem um vestígio de ciúme por ver a Emma deitada ao meu lado no sofá. Suponho que seja a sua maneira de agradecer o facto de ao menos ter uma mantinha e uma Dona para amar. É um amor puro e incondicional, sem exigências nem segundas intenções. É tal e qual como no livro "Os Cães Nunca Mentem sobre o Amor".
E eu só penso: bendita a hora em que estes cães entraram na minha vida.
3 comentários:
Lindo.
Triste vida a das pessoas que não têm estes verdadeiros amigos. ;)
podes crer!
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