É um problema mais comum do que muitas pessoas pensam e, a partir do momento em que é identificado e compreendido, na teoria seria fácil de resolver. Na teoria.
Em Agosto, quando o vet nos falou nisto, receitou uns anti-depressivos ao Sushi e explicou-nos algumas atitudes que devíamos tomar ao entrar e sair de casa para desdramatizar a nossa ausência. A ideia de dar anti-depressivos ao meu já tão pachorrento cão fez-me um bocado de confusão, confesso, mas quis seguir o tratamento à risca, por isso toca de aviar a receita. Pimba, 35€ por frasco. Pimba, um frasco a cada quinze dias. Pimba, pimba, pimba. E o cão sempre a dormir ferrado...
Na altura, o vet perguntou-nos se ele fazia as necessidades em casa quando nós não estávamos, mas isso quem faz é a Emma. Pelos vistos, se esse é um dos possíveis sintomas da ansiedade de separação, então ela também sofre do mesmo.
Mas uma coisa que o Sushi sempre fez foi chorar e ladrar muito quando fica sozinho. Se saio para passear a Emma ele fica num desconsolo que se ouve na outra ponta do bairro. Não estou a exagerar. Digamos que aquela caixa torácica dele tem uma excelente acústica. Ora, eu sei que os meus vizinhos são o máximo, mas ninguém pode dizer que é agradável gramar com aquela sinfonia de desespero às 8 da manhã de um domingo ou às 1 da manhã num dia de semana.
Tudo isto são sinais de que algo de errado se está a passar. Não sou a favor de aplicar o mesmo rótulo a tudo, mas se por acaso alguém tiver um cão com estes sintomas pensem bem, mas pensem segundo a lógica canina, e talvez venham a perceber que o facto de o vosso cão andar todo dengoso e pedinchão, com feridas, a chorar e a ladrar na vossa ausência (falem com os vizinhos), etc. pode ser tratado e resolvido.
Mas aviso já que não é tão fácil como parece. Na teoria, lá está, seria fácil. O que eu sei é que 2 meses e 4 frascos depois o Sushi continua com as terríveis feridas nas patas. Agora também tem um quisto sebáceo no lombo, que ele lá arranjou maneira de lamber. Não sei o que mais fazer a este cão. Continuo a drunfá-lo? Pelos vistos o pouco tempo que ele passa acordado é a automutilar-se!!! Já não sei de nada...
8 comentários:
Pois, não sei o que te diga!
Com os meus gatos, há um ritual de despedida! Biscoitos à saída! Eles acabam por associar o facto de estar a sair com uma coisa boa! Depois digo-lhes sempre:
A dona já vem! Tomem conta de tudo! Não me demoro"
Coisas do genero! Já passei por doida! Mas assim não ficam tão tristes! Ausências maiores deixo um t-shirt usada (minha) para eles (principalmente a Carlota) dormirem!
E quando chego a casa, é sempre uma festa!
Não sei se ajuda.....
medicamentos sem modificação comportamental adequada, não levam a nada, a não ser que estejas preparada para dar medicamentos o resto da vida dele. O lamber compulsivo pode ser comportamento obsessivo compulsivo e não ansiedade por separação. Os veterinários ajudam, mas sabem muito pouco ou quase nada sobre comportamento canino. Procura ajuda de alguém que tenha estudado comportamento canino e começa já a fazer algo pratico que ajude o Sushi que não seja po-lo a dormir o tempo todo...
Sónia: eu também tinha esse ritual de despedida, mas depois o vet disse que era errado e tive de parar. Custa-me horrores sair sem me despedir deles, mas supostamente o que eu fazia estava precisamente a contribuir para o problema...
Cláudia: concordo plenamente, não sou apologista de continuar a drunfar o Sushi, nem concordo quando os vets passam calmantes aos cachorros só pk os donos se queixam que têm muita energia (hello? são seres vivos, nao peluches, é suposto terem energia!) Este já é o segundo vet a que vamos e mesmo assim começo a achar que nao é bom o suficiente. Tenho o contacto do antigo treinador da Emma, sou capaz de aceitar o teu conselho e ligar-lhe por causa do Sushi. Obrigada!
Não sei se ajuda mas vou enviar-te por mail o nº de telefone do "meu" vet. É das pessoas mais competentes que já vi ate hj e totalmente contra drunfar os animais! Já ouvi histórias fantásticas dele e só pelo facto de ter safado a alice da morte certa...
Mais uma vez concordo plenamente com a Cláudia.
Do que aprendi o importante é o Sushi não associar a tua ausência a uma coisa má. Ensinaram-me a (por mais que nos custe a não realizar muitos rituais de saída nem de chegada). Ou seja, não dares muita atenção quando sais nem quando entras em casa. Mas também é necessário que, anteriormente, os vás habituando às tuas saídas de forma gradual. Sais e passados poucos minutos voltas. Não fazes festas quando voltas nem te despedes quando sais. Vais aumentando gradualmente o tempo de permanência fora de casa.
Falaram-me também de deixar a tv ou o rádio ligado mas com as minhas miúdas e comigo não resultou.
Nunca lhes dei medicamentos e agora estão muito melhores.
Mas demorou muito tempo. E ainda continuam a ser muito impetuosas na hora da minha chegada!!!
Beijocas
Confesso que não sei muito disso. Mas não tenho dúvida em dizer que os donos se devem despedir de nós quando saiem. Creio que nos deixa um pouco com o controlo da situação.
Há com certeza pequenos truques que ajudam.Acho que vale a pena pesquisar na internet. Encontrei imensa coisa interessante sobre o caso da gatinha Kitty. Sei que é diferente, e talvez mais complexo, mas creio que há dicas que, sem consequências, podem ser testadas...
Também podes um dia ir visitar o Boss à escola e falares com o treinador - é um especialista em canzoada e conhece bons truques...
uma visita ao Boss durante as aulas dele está mais do que prometida!!!
sou incapaz de sair de casa sem me despedir dos meus "filhotes". principalmente do meu Ice tem 14 anos e é doente e nunca sei se quando chego ele está à porta para me receber. Por isso tá fora de questão sair de casa sem beijar os meus amores
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