Uma cadela hiperactiva, um cão traumatizado, um Dono relaxado, uma Dona babada... e agora uma Danoninha sanguessuga. Enfim, uma família de doidos!
13/07/09
"Ai-mini-ini-mai"
Ontem no aeroporto, durante as quase duas horas em que estive à espera dos meus pais, a rogar pragas a mim própria por ter sido optimista ao ponto de deixar o livro que ando a ler em casa, pus-me a pensar - sim, porque tive realmente muito tempo para isso - nesta história de vivermos num país que não é nada pet-friendly.
Enquanto lá estive, vi 3 pessoas passarem com os seus cães, cada um mais pequeno que o outro: um Yorkshire Terrier anão, um King Charles Spaniel e um arraçado de caniche todo branquinho e com franjinhas fofas. Achei o máximo. Achei que significava que aqueles cães eram importantes para quem quer que fosse a pessoa prestes a chegar de um qualquer destino. Se fosse eu, adoraria que os meus cães me fossem receber ao aeroporto, como qualquer outro membro da minha família. Mas a questão é: duvido-i-ó-dó que deixassem os meus cães andar ali pelo terminal.
E porquê?
Porque já não basta os cães serem proibidos de entrar em todo o lado e mais algum - em alguns sítios faz sentido, mas noutros não faz nenhum - mas ainda por cima a excepção é sempre feita para os cães pequenos, nunca para os grandes. É uma discriminação!
Acho que se existe uma pessoa responsável por um animal, grande ou pequeno, há que acreditar que não vai acontecer nada de errado. Porque se o problema é sujarem ou ladrarem ou seja o que for, acho que as probabilidades são as mesmas. Apenas a proporção muda, ou seja, um cão grande suja mais e ladra mais alto. Mas... what's the big deal?
Segundo os meus amigos que vivem ou já viveram no estrangeiro, e nomeadamente quem já esteve na Grã-Bretanha, mesmo que só de passagem, também deve ter reparado, infelizmente Portugal está a anos-luz no que toca à real integração dos animais na sociedade. E, como dona de dois cães de grande porte, sinto-o na pele e de que maneira. Por mim, levava-os para todo o lado, como já aqui disse, mas a verdade é que é impossível.
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5 comentários:
Olha que nas chegadas do Aeroporto já vi imensos cães (boxers, labradores, e outros grandes). E olha que nunca vi serem expulsos!
Até achei que devia ser dos poucos sitios!
E no comboio da Margem Sul tb vejo imenso cães com os donos!
Acho que até estamos a mudar um bocadinho! Devagar, devagarinho,
é certo!
Realmente é dificil conseguir fazer uma vida "normal" e deixar os amigos de 4 patas em casa. eu falo por mim. Adoro levar a Netty comigo para todo lado. Inclusivamente para a praia. Os banheiros não dizem nada. Já se um dia a polícia aparecer a história vai ser outra. Mas já basta o tempo em que ela fica sozinha enquanto estamos a trabalhar... por isso no resto do tempo ela anda sempre "atrelada" a mim!
Emma, Sushi, emigramos? :)
Não podia estar mais de acordo com este assunto da discriminação cães grandes/cães pequenos mas, por acaso, no aeroporto já cheguei a ver cães de porte médio e tudo!! Não viajo muitas vezes mas, a verdade é que das poucas que viajei, fico sempre à espera que algum dos meus familiares "cometa a loucura" de levar os cães para me receber...mas ninguém me ama o suficientee para correr esse risco!!!!!!!!
Ola!!!
Tenho 2 caes, o timtim, um caniche, e o lucky, um dog street. Como sou da Madeira mas estudo em Lisboa costumo viajar muito frequentemente com eles, cerca de uma vez de dois em dois meses, e apesar de serem os dois de raça pequena, até eu sinto discriminação, pela raça.
Quando viajo com o caniche, toda a gente vem brincar com ele, fazer-lhe festinhas, mas quando viajo com o meu "Arroja Man" olham sempre de lado e, salvo raras excepções, so as crianças vem brincar.
Já houve vezes em que os seguranças do aeroporto de Lisboa vieram me dizer para por o cao na caixa ao que saiu logo a resposta "Olhe, desculpe lá mas o cao pagou bilhete (e mostro o bilhete dele) e como tal, pode usufruir das funcionalidades do aeroporto!"
Mas o mau de viajar com os caes é saber que eles pagam mais que um humano (cerca de 5€ por kg) para ir debaixo da cadeira fechados numa caixa, ou pior, no porao...
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