09/01/10

Obras

Então é assim:

1º Claro que fazer obras é sempre um stress, não conheço ninguém que não tenha stressado, ou por causa da chatice em si, ou porque demora sempre mais tempo, ou porque sai sempre mais caro, blablabla. Só gostamos das obras quando elas chegam ao fim (e nem sempre...) Eu cá estou a stressar ainda antes de as nossas começarem.

2º O nosso construtor veio cá ontem, passado um mês da sua última visita, e eu saí mais cedo do emprego e fiz tudo o que precisava de fazer numa correria, de propósito para também estar em casa quando ele cá viesse, convencida de que ele nos ia apresentar um orçamento e algumas decisões teriam de ser feitas. Claro que não! Ele não pensou na nossa obra durante um minuto sequer durante este último mês e ontem veio cá só para recapitular o que afinal queremos fazer. WTF???

3º Ele DIZ que nos apresenta o orçamento na próxima semana e DIZ que estaria disponível para começar a obra na segunda quinzena de Fevereiro e DIZ que deve demorar 2 ou 3 semanas, o que signifia que lá para finais de Março na melhor das hipóteses temos tudo feito.

4º Sempre vamos avançar com o soalho flutuante. Esta é a boa notícia. A má notícia é que para podermos comprar o melhor de todos, um que não fique riscado por causa dos cães (SIM, ELE EXISTE E ANDA POR AÍ) o dinheiro não vai dar para tudo e terão de ser feitas algumas concessões. Mas vamos aproveitar para passar todos os cabos que são necessários por baixo do chão, partindo a tijoleira toda e abrindo roços. Ora, só ontem é que eu me apercebi de que isso vai implicar não poder pisar o chão. E o que é isso significa??? Significa que não só os cães vão ter de ficar presos na cozinha durante o dia por causa dos homens das obras e do pó e de tudo isso, como ainda por cima não sei muito bem como é que é suposto eles passarem pelo hall para irem à rua. Ooops. Big ooops. O Dono diz que é desta que eles vão ter de ir para um hotel, mas se é assim eu prefiro não fazer as obras. (Da mesma maneira que prefiro adiar indefinidamente a tão sonhada viagem a New York.) Quem me dera simplesmente ter algum familiar ou amigo que pudesse ficar com eles, porque não suporto a ideia de os deixar num hotel, por muitas boas referências que tenha. O Sushi voltaria de lá todo deprimido outra vez, that's for sure. E além disso, quão maior pode ser uma box em relação à nossa cozinha? Ao menos a nossa cozinha eles conhecem, estão em casa, estão connosco. Não é um situação ideal, fechá-los durante o dia numa divisão, mas é melhor que nada...

5º Agora, EUZINHA estou a hesitar em relação às obras, porque subitamente parece que são apenas um capricho (tudo começou por deitar abaixo a lareira que não usamos, o que implica ter de substituir o chão por baixo dela, daí veio a minha obsessão com soalho flutuante, daí veio os roços para passar os cabos, blablabla). E parece-me também que não são assim tão urgentes. Que podíamos, por exemplo, esperar pela próxima vez que os meus pais fossem visitar o meu irmão ao Brasil durante um mês e mudarmo-nos os 4 para casa deles nesse período. Assim estávamos fora de casa, mas todos juntos, e se tudo corresse bem, o regresso dos meus pais coincidiria com o fim das obras, e eu tinha o meu final feliz.

Por isso, agora o dilema é: avançamos ou não? O que fazer aos cães? Pô-los num hotel também implica um peso no orçamento das obras.

Alguém já esteve nesta situação?

2 comentários:

Lígia disse...

Eu tou sempre numa situação do género...Seu Kilo desde que ficou com as lesões no cérebro desde que teve aquele grande ataque de epilepsia e passou mês e meio no vet ficou um cão completamente diferente...agora até nos rosna de vez em quando, enfim. Mas se outrora ele ficava no Hotel quando iamos a algum lado (e ficava muito bem porque aquilo é um paraíso e a tratadora só lhe faltava dar beijos na boca, lol! Ele estava lá mesmo satisfeito, que eu fui espreitar sem ele ver!!) agora não fica fechado em lado nenhum, pode rosnar, ladrar e temos receio porque depois quem é que se chega ao pé dele para lhe por as mãos na goela para lhe dar a medicação toda que toma 2 vezes por dia? O mesmo problema se põem para vir cá alguém e até a rapariga do petsitting teve muiiita dificuldade agora na passagem de ano, quando ousámos sair pela primeira vez desde que ele ficou assim (e eu de coração nas mãos). Acho mesmo que se precisarmos que ela venha cá tratar dele outra vez vai sempre dizer-nos que está ocupada...:( O problema mais grave ainda é eu ser maricas demais com ele para eu própria lhe abrir a bocarra e lhe dar os medicamentos, e como o dono às vezes tem que se ausentar para o estrangeiro é um castigo... A primeira vez foi a toque de escondê-los em pão de leite mas agora nem isso ele come. Portanto amanhã que fico sozinha com ele até sinto um arrepio na espinha a pensar como vou fazer a tarefa. Não é medo, é pânico de não lhos conseguir dar porque ele não quer e percebe que eu não sou o dono (sou aquela que o deixa fazer tudo e ainda lhe da umas festinhas, shame on me...). Portanto não é o mesmo problema mas é do género...e eu não tenho falta de pessoas que ficasem com ele mas não dá porque por a mão na bocarra de seu Kilo não é para todos...enfim, tou solidária contigo! Já te sentes mais consolada com a minha história triste? :P

Dona Mãe Babada disse...

Bem, Li, a tua situaçao também não é mesmo nada fácil!!! só kem tem problemas destes é que percebe, né?