Altos e baixos

Ai, este focinho é mesmo irresistível!!!


Não sabemos por que é que a Leila foi parar ao canil de Lisboa. Só sabemos que se não a tivessemos tirado de lá, provavelmente a esta hora ela já não estava entre nós.
Graças às suas madrinhas dedicadas e às pessoas que têm contribuído monetariamente, a Leila está a ser bem tratada num hotel desde o dia 20 de Dezembro. Já come ração, farta-se de correr e saltar, continua a ter mau feitio se apanha outro cão por perto mas é um mimo para as pessoas. Dadas as circunstâncias, acho que está feliz.

No início de Fevereiro fui finalmente visitá-la e tanto eu como a Cris adorámos vê-la tão animada. Mas viemos de lá com cada vez mais suspeitas de que ela tivesse Leishmaniose. Os sinais estavam lá todos: caspa, feridas nas orelhas, magreza (apesar de ter recuperado muito bem psicologicamente, a Leila continua magricelas e não seria caso disso porque no hotel alimentam-na bem).

Por isso, grande parte do Dia dos Namorados foi dedicada a levá-la ao vet para fazer análises. Fomos buscá-la a Palmela, levá-la a Tercena, onde esperámos 2 horas para ser atendidas, depois fomos outra vez deixá-la no hotel em Palmela. Conclusão: só almocei às 16h mas pior ainda estava a pobre da Cris, que ainda foi visitar outro afilhado a outro hotel eheheh

Durante todas estas voltas, a Leila portou-se lindamente. Muito melhor do que a minha Emma se teria portado. É óptima a andar de carro, no vet nem sequer estrabuchou, quando lhe estavam a tirar sangue até suspirou. Que linda! Derreti-me toda! Mas, infelizmente, isso de nada lhe tem servido, porque até agora ainda não lhe encontrámos um dono que corresponda a todos os requisitos: não ter mais nenhum animal (porque ela não é sociável) e ter bastante espaço exterior (porque ela adora correr). Ficámos a saber também que ela nunca suja a sua box, o que é mais do que eu posso dizer da minha cadela, como sabem...

Enfim, o vet não queria ser portador de más notícias antes de tempo, mas mostrou-se inclinado a acreditar que os nossos medos tinham fundamento. Levantou ainda a possibilidade de ela ter algum problema renal, pelo que foram pedidas análises mais completas.

Hoje soubemos o resultado... e, felizmente, as notícias são boas! As análises deram negativo e ela tem apenas uma ligeira hepatite para a qual vai agora tomar um antibiótico.

Ter Leishmaniose não é o fim do mundo. Se for diagnosticada a tempo e a medicação for sempre bem administrada, um cão com esta doença pode viver feliz e saudável por muitos anos. Mas infelizmente nem toda a gente pensa assim e por isso a adopção de cães com esta (ou outras) doenças é ainda mais improvável... e a Leila bem que dispensa mais um contratempo.



Aqui fica a reportagem fotográfica do "passeio":