09/09/11

Reforço positivo

Num dos vários livros de puericultura que li (não esqueçamos que ler é a minha profissão) falavam sobre a importância do elogio à criança mas também sobre como não devemos banalizá-lo, porque às tantas não só ela fica muito insegura e constantemente dependente da nossa aprovação, como o próprio elogio perde o seu significado original e torna-se apenas uma resposta automática. Além disso, deve ser proporcional à idade da criança e à dificuldade envolvida naquilo que motiva o nosso elogio. Não faz sentido elogiar uma criança de 3 anos sempre que ela agarra um objecto, por exemplo, mas para um bebé de 3 meses isso é um grande feito.
Tudo isto faz muito sentido mas ontem a Danoninha fez uma coisa que me deixou tão contente (uma coisa tão básica como ficar sossegada no carrinho dela enquanto eu lavava as mãos porque tínhamos chegado da rua) que só me apeteceu... dar-lhe um biscoito.
Riam-se à vontade. Mas fiquem descansados. Eu sei perfeitamente que dar recompensas à minha filha NÃO é a forma como a quero educar. Não me ocorre nenhum ponto em comum entre a educação dos monstrengos e da Danoninha, a não ser a coerência, o mimo e os cuidados com a alimentação e a saúde e o respeito pelas rotinas (por "respeito" entenda-se nós é que nos lixamos para que eles os 3 tenham as suas rotinas o menos alteradas possível).
Acontece apenas que naquela altura um elogio não me pareceu o suficiente. E como não dá propriamente para lhe dar um biscoito, que era o que eu estava habituada a fazer antigamente, dei por mim a pensar qual seria então a reacção mais adequada da minha parte. Fiquei-me pelos elogios, OBVIAMENTE, mas caprichei nos agudos e nos diminutivos e nas caretas. Devo ter feito uma bela figura...

Sem comentários: