29/12/10

Amor de mãe, amor de dona, amor de irmão - amor é amor!

Não percebo as pessoas que se livram dos animais quando têm um filho. Lá porque vou ser mãe, não vou deixar de ser eu. De ter os mesmos princípios, de sentir as mesmas emoções. Portanto, nunca vou deixar de gostar e de me preocupar e de querer fazer felizes os meus cães.
Hoje quando o Dono voltou do passeio só trazia o Sushi com ele. A trela da Emma tinha-se soltado e ela andava pelo bairro fora a comer toda a comida de gato que conseguiu encontrar, sem nunca responder ao chamamento do Dono, que não teve outra escolha senão vir deixar o Sushi a casa e ir atrás dela com outra trela. O meu coraçao estava pequenino, o Sushi não parava de chorar, e o Dono, com a calma que o caracteriza, mandou-me de volta para a cama e pegou nas chaves do carro e foi por-se às voltas. Acham mesmo que eu ia ficar de braços cruzados enquanto a minha menina andava por aí? Claro que chamei logo reforços (a vizinha, a sogra, o FBI e o MI5) e pus-me à janela a chamá-la, enfim, tentei ajudar da forma que podia.
Nem mesmo quando a vi passar a correr pelo estacionamento com o ar desvairado de quem está a aproveitar ao máximo para fazer disparates e a ignorar-me completamente (sim, ela ouviu-me chamá-la, olhou para mim, sabia perfeitamente voltar para casa e esteve-se nas tintas) consegui ficar chateada. Só pensava que podia ser atropelada ou que a comida dos gatos podia ter veneno, sei lá. Enquanto não a vi entrar em casa não descansei. E o mesmo se pode dizer do Sushi, que esteve numa inquietação, a chorar, inconsolável, o tempo todo. Ai o que vai ser do meu cão (e de mim) um dia que a Emma vá conhecer o arco-íris?

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